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Quer fazer vestibular para medicina? Saiba mais sobre o curso e a profissão
Medicina é o curso mais concorrido nos vestibulares e no ENEM. Estima-se que, hoje, existam cerca de 330 instituições que ofereçam o curso de Medicina em todo país. No vestibular 2020 da Universidade Estadual de Londrina (UEL), o curso de Medicina registrou 170,5 candidatos por vaga pelo sistema universal e recebeu 7.530 inscrições no total. Para conquistar uma vaga nas principais universidades, o candidato a médico vai enfrentar uma rotina puxada de estudos no Ensino Médio e no cursinho. Mas, e depois da sonhada aprovação no vestibular, como é a rotina do curso e quais as oportunidades do mercado de trabalho?
Para contar um pouco sobre o dia a dia e os desafios da Medicina, o Colégio Sigma convidou o médico cardiologista e professor universitário Manoel Canesin, de Londrina, para uma das lives do Circuito de Profissões Sigma, realizado em setembro e outubro, pelo Instagram, com profissionais de diferentes áreas. As lives estão disponíveis no nosso IGTV (@colegiosigmalondrina).
Rotina do curso e mercado de trabalho
O médico Manoel Canesin explicou a formação da grade curricular do curso de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL), instituição na qual é docente há mais de 20 anos. E, em seguida, falou sobre a rotina de trabalho e quais as áreas de atuação nas quais um médico pode trabalhar atualmente. Acompanhe abaixo!
Grade curricular de Medicina
No currículo tradicional de Medicina, são seis anos de curso, divididos em três ciclos: Básico, Clínico e Internato.
Ciclo Básico - Primeiro e segundo ano do curso, período em que o aluno terá contato com matérias relacionadas à Anatomia, Fisiologia, Histologia e Bioquímica. Essas matérias são divididas em aulas teóricas e práticas ministradas nos laboratórios da faculdade. Em algumas instituições, o aluno também tem contato com pacientes já nesse período.
Ciclo Clínico - Terceiro e quarto ano do curso, período em que o aluno se aproxima ainda mais do paciente e de algumas especialidades. Além da sala de aula, as matérias são ministradas nos consultórios e ambulatórios dos hospitais-escola e dos centros de saúde conveniados. Nestes anos, os estudantes ainda aprendem a analisar e interpretar exames laboratoriais e de imagem.
Internato - Quinto e sexto ano do curso, quando as aulas são ministradas em atividades práticas por profissionais de diferentes especialidades no hospital-escola e nos ambulatórios. Neste período, baseado em metodologia ativa e integrada, ocorrerão os estágios e plantões nos serviços de emergência do hospital-escola para o acompanhamento de atendimento emergencial e cirúrgico.
Primeira formação: clínico geral
Ao final do sexto ano, o aluno de Medicina poderá obter registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e estará apto ao exercício da profissão médica, como Clínico Geral. No entanto, muitos graduados, agora bacharéis em Medicina, continuam os estudos para aprofundamento de uma especialidade, a chamada Residência Médica.
Residência Médica
A residência médica tem dois ou três anos de duração e o aluno graduado em Medicina precisa realizar uma prova para ingressar numa instituição certificada. É uma espécie de especialização, porém, com carga horária muito maior. A residência se divide, basicamente, em grandes áreas como: Cardiologia, Cirurgia Geral, Neurologia e Ginecologia-Obstetrícia. Nada impede, porém, que o bacharel prossiga em uma Especialização (Lato Sensu) ou Mestrado (Stricto Sensu) na sequência.
Oportunidades
O médico Manoel Canesin acrescenta que, atualmente, o médico pode atuar em muitas áreas, além das tradicionais assistência clínica e cirúrgica, como administração, gestão, tecnologia, ensino, imagens. Por isso, a importância em desenvolver outras habilidades e conhecimentos durante e após a graduação.
Outras áreas de atuação
Administração: Atuação na área administrativa de uma clínica, hospital ou instituição, nas decisões estratégicas, gerenciais e operacionais.
Gestão: Gestão das diversas áreas de uma instituição, como um hospital, integrando vários setores envolvidos.
Tecnologia: Conhecimento em robótica, desenvolvimento de aparelhos e softwares para a área de medicina.
Ensino: Atuação em instituições de ensino superior como docente.
Imagens: Atuação com diagnósticos em exames como tomografia, ultrassom ou ressonância magnética.
Pesquisa: Atuação em pesquisas para criação de estudos e artigos científicos.