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Quer entrar na universidade? Fique por dentro de como funciona a prova do Enem
O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) tem se consolidado nos últimos anos como uma das melhores formas do estudante entrar na universidade. Para os alunos que desejam aproveitar todas as chances de alcançar esse objetivo, é importante conhecer como funciona a prova do Enem, um concurso que abriu na última edição mais de 270 mil vagas, em 120 instituições públicas do País. Estudioso do processo do Enem, Alisson Sanches, professor do Colégio Sigma, conta quais são os principais pontos desse exame e que podem te ajudar a ter um bom desempenho na prova:
Prova Nacional
O Enem é uma prova nacional que possibilita ao aluno entrar nas principais universidades do País. Através desse concurso, o aluno tem duas possibilidades de conquistar uma vaga:
- Sisu (Sistema de Seleção Unificada): para entrar nas universidades públicas
- Prouni (Programa Universidade para Todos): para acesso, com bolsa, nas instituições privadas.
Nota única
Com uma única nota o estudante pode concorrer a vagas de inúmeras universidades. A UEL, por exemplo, já disponibiliza 20% do total das vagas pelo Enem. Não são todos os cursos, mas já são mais de 600 vagas que podem ser acessadas por meio do exame nacional na Universidade Estadual de Londrina.
Ampla concorrência e cotas
Pelo Sisu, destaca Alison, existem duas modalidades: a ampla concorrência e as cotas. Na ampla concorrência todos os alunos podem participar. Já as cotas valem para alunos que estudaram em escola pública - dentro dessa modalidade ainda existem os recortes racial e econômico.
Bolsas de estudo
O aluno que sempre estudou em escola pública também pode concorrer às vagas com bolsas de estudos para as universidades particulares por meio do Prouni. As bolsas podem ser de 50% e 100%. Para concorrer à de 100% ele precisa ter estudado em escola pública todo o Ensino Médio e ter uma renda per capita de família de um salário mínimo e meio. Para concorrer às bolsas de 50% a renda per capita é de três salários mínimos.
Detalhes da prova
A prova do Enem acontece em dois dias e é dividida pela área do conhecimento. No primeiro são cobradas 45 questões sobre ciências humanas e 45 de linguagens e códigos, além da redação. Numa duração de 5 horas e meia de prova. No segundo dia acontecem as provas de matemática e de ciências da natureza, com 45 questões cada uma.
Uma característica da prova do Enem é que tem um edital que se chama matriz de referência. E a matriz de referência tem tudo o que vai cair na prova. E o que vai cair? As chamadas competências e habilidades. Cada área do conhecimento tem 30 habilidades e todas essas habilidades são cobradas na prova do Enem.
Exemplo: em ciências humanas tem uma competência, que é a um, que fala sobre elementos culturais, e nessa competência tem cinco habilidades, todas essas tratam sobre cultura. Então vai cair uma questão da habilidade um, uma questão da habilidade 2...pelo menos uma questão é cobrada de cada uma das habilidades. E as habilidades, segundo Alison, não trazem conteúdo, mas uma ação e aquilo que eles esperam que os alunos tenham aprendido no ensino básico e médio. Uma das habilidades é que o aluno consiga identificar diferentes pontos de vistas de determinado texto, determinado assunto. A melhor forma de o aluno estudar para a prova do Enem é compreender essas habilidades.
Correção da prova
O Enem também tem uma forma de correção diferente dos demais processos seletivos. A correção é com base na TRI (que é uma teoria de resposta ao item), que leva em consideração a coerência de resposta dos alunos. O que será analisado? Quanto mais coerente o candidato for nas respostas maior vai ser a sua nota. E que coerência é essa? Para responder uma questão considerada difícil, provavelmente o aluno deve ter acertado as questões fáceis daquele mesmo conjunto de conteúdo, daquela mesma competência. Se ele acerta uma questão difícil e erra uma fácil, esse sistema entende que ele foi incoerente com a sua resposta, então vai ter uma nota menor do que o aluno que foi mais coerente na resposta.
Tendência mundial
“Hoje o Enem está institucionalizado e segue uma tendência mundial. Não é uma invenção do Brasil”, destaca o professor Alison. Segundo ele, vários países têm provas nacionais. E a reforma que está acontecendo no Ensino Médio, dentro da implantação da (BNCC) Base Nacional Comum Curricular, se aproxima bastante do formato do Enem porque busca trabalhar competências e habilidades. “É uma prova democrática e traz mais possibilidades para o aluno entrar na universidade”.
Bons estudos!