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16 MAR 8 de março: Colégio Sigma promove debate sobre barreiras e oportunidades para mulheres

8 de março: Colégio Sigma promove debate sobre barreiras e oportunidades para mulheres


Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2023 o Colégio Sigma reuniu um grupo de mulheres representativas em Londrina para debater o tema “Barreiras e oportunidades para as mulheres na sociedade atual”.

As convidadas foram Celia Catussi, engenheira civil e presidente do Sinduscon Norte do PR; Carolina Ferreira, psicóloga e presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Londrina; Mara Rossival, advogada e diretora executiva e institucional do Hospital do Câncer de Londrina; e Márcia Manfrin, presidente da Dela Foods. 

O encontro foi mediado pela professora de História Gabrielle e também teve a presença da diretora pedagógica do Colégio Sigma, Silvia Helena. Alunas e alunos do ensino médio que assistiram o evento puderam fazer perguntas. 

Logo no início do debate, a professora Gabrielle lembrou a todos que 8 de março é um dia de referência à luta das mulheres e, por isso,  convida à reflexão sobre as conquistas e desafios femininos ao longo da história. Na sequência, as convidadas relataram suas trajetórias. 

Márcia Manfrin é a primeira mulher a liderar no Brasil um grupo do segmento de alimentação. A vontade de empreender foi o que a conduziu ao topo da carreira, afinal, com 21 anos, ela queria ser independente e começou a fazer marmitas para vender, dando início ao que viria a ser a Dela Foods. Em seu caminho, ela enfrentou o machismo de um mercado dominado por homens, mas nunca esmoreceu, usando sua competência e força para superar as barreiras. 

A engenheira Célia Catussi teve que enfrentar o machismo do interior de Minas Gerais para cursar a faculdade de engenharia civil na capital Belo Horizonte. Na época, quase não havia mulheres engenheiras e a vontade do pai dela era que se tornasse médica. Célia até passou no vestibular de medicina, mas decidiu seguir seu propósito e se tornou engenheira. 

“Eu queria ser engenheira de estradas, mas não passei no processo seletivo para a área por causa do gênero. Isso não me impediu de fazer carreira como engenheira”, conta ela, que atuou por 27 anos na construtora Plaenge e hoje é a terceira mulher do Brasil a assumir a presidência de um Sinduscon. 

“Meu objetivo é que, no futuro, a sociedade seja mais igualitária e a gente supere as discussões de gênero, focando em debates sobre o que é melhor para os seres humanos. De toda forma, me sinto orgulhosa por estar contribuindo para que o mundo seja menos machista com as mulheres”. 

Carol, por sua vez, ao se formar em psicologia decidiu trabalhar com a população em situação de rua e teve que se impor para ser respeitada. “Minha escolha pela profissão foi motivada pelo propósito de acolher pessoas que, ao contrário de mim, não têm poder de decisão na vida, seja por motivos psíquicos, financeiros, emocionais ou sociais”, destacou, lembrando que a luta pelo fim do machismo tem que considerar não apenas as desigualdades de gênero, mas também de raça e classe social. 

A advogada Mara relatou que, aos 14 anos, decidiu trabalhar porque queria comprar um carro. Foi por isso que participou de um processo seletivo para o Hospital do Câncer. Ela conta que foi tirada da fila pela fundadora da instituição, Lucilla Ballalai, que de certa forma pressentiu que os destinos de Mara e o hospital seriam interligados por muito tempo. A diretora executiva da instituição revelou que, ao longo da trajetória profissional, chegou a ser aprovada em um concurso para juíza, mas decidiu seguir sua vocação, o que recomendou a todos os estudantes do ensino médio do Sigma. “Escolham sua profissão com base no que amam.”

Foi um debate muito enriquecedor! As histórias inspiraram e ajudaram os jovens estudantes do Sigma a ampliarem seus olhares em relação ao seus futuros.