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11 OUT Entenda o conflito entre Israel e Palestina no Oriente Médio

Entenda o conflito entre Israel e Palestina no Oriente Médio


O conflito entre Israel e Palestina ganhou novo capítulo em outubro de 2023. No dia 7 de outubro, o grupo extremista islâmico Hamas bombardeou Israel de surpresa, deixando centenas de mortos. O ataque foi definido pelo Hamas como o início de uma ação para tomada de território. 

 As forças israelenses responderam com uma contraofensiva que atingiu Gaza e deixou vítimas, inclusive, em campos de concentração. Israel declarou "cerco total" e suspendeu o abastecimento de água, energia, combustível e comida ao território palestino.

 Começou assim mais um episódio de um conflito  que mistura política e religião, se estende há mais de 70 anos e já deixou milhares de mortos dos dois lados.

O assunto é sério e pode ser cobrado no vestibular. Por isso, a equipe do Sigma preparou um resumo sobre o conflito entre Palestina e Israel para te ajudar a entender o porquê das batalhas incessantes na região conhecida como Faixa de Gaza, no oriente médio. 

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O que é a faixa de Gaza?

A Faixa de Gaza é um estreita faixa de terra localizada na costa oriental do Mar Mediterrâneo. Faz fronteira com Israel no leste e no norte e com o Egito a sudoeste.

O território tem 41 quilômetros de comprimento e apenas de seis a 12 quilômetros de largura, com uma área total de 365 quilômetros quadrados.

Isso equivale a pouco mais de um terço da área total da cidade do Rio de Janeiro. Ou pouco mais de um quarto da área total da cidade de São Paulo.

Essa pequena área é habitada por cerca de 1,9 milhão de pessoas, o que a torna um dos territórios mais densamente povoados do planeta. Mais de 98% dos habitantes são palestinos e os últimos assentamentos judeus na área foram desmontados em 2005.

A origem do conflito entre Israel e Palestina

O conflito entre Israel e Palestina ganhou força ao fim da Segunda Guerra Mundial, que foi marcada pelo Holocausto: genocídio em massa de milhões de judeus,  cidadãos de etnia polonesa, soviéticos, homossexuais, ciganos e prisioneiros de guerra de várias nacionalidades, além de Testemunhas de Jeová e outras minorias. O responsável pela execução da barbárie foi o Partido Nazista da Alemanha. 

Com o fim da guerra, o Reino Unido assumiu a responsabilidade de estabelecer um "lar nacional" para o povo judeu e definiu que seria na Palestina, região que os ingleses controlavam desde o fim da Primeira Guerra Mundial, quando o Império Otomano foi desmembrado. A área era habitada por uma minoria judia e maioria árabe e ambos os povos reivindicavam a terra.

A presença dos judeus em Israel aumentou entre as décadas de 1920 e 40, quando deixaram a Europa para fugir da perseguição e do Holocausto. Eles foram motivados pelo 'sionismo', um movimento nacionalista judaico que promovia a ideia de um Estado para o povo judeu. Com a maior presença de judeus na Palestina, a violência entre os povos aumentou.

Por isso, em 1947, a ONU votou para que a Palestina fosse dividida em Estados judeus e árabes separados, com Jerusalém se tornando uma cidade internacional. A proposta foi aceita por líderes judeus, mas não pelos árabes, por isso, jamais chegou a ser posta em prática. 

Após os britânicos deixarem a região em 1948, os líderes judeus declararam a criação do Estado de Israel. Os palestinos não concordaram e uma guerra sangrenta aconteceu. O dia 15 de Maio de 1948, aliás, é considerado pelo povo palestino como o dia da Nakba, traduzido para “catástrofe”, em referência à criação do Estado de Israel e ao início das ofensivas sionistas nas expulsões de palestinos de suas terras. Ao fim do confronto, Israel controlava a maior parte do território. 

Nesse processo, que teve início antes do ano da criação do estado de Israel, em 1948, mais de 750 mil palestinos foram expulsos de suas terras, milhares foram mortos com crueldade, cerca de 400 vilarejos foram queimados e destruídos, mais de 17 mil km² foram confiscados e hoje temos o número assombroso de mais de 7 milhões de palestinos refugiados espalhados pelo mundo.

A Jordânia ocupou terras que ficaram conhecidas como Cisjordânia e o Egito ocupou Gaza.

Jerusalém foi dividida entre as forças israelenses no Ocidente e as forças da Jordânia no Oriente. Como nunca houve um acordo de paz, guerras continuaram acontecendo nas décadas seguintes. 

Hoje, Israel reivindica toda Jerusalém como sua capital, enquanto os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado palestino. Os Estados Unidos são um dos poucos países a reconhecer a reivindicação de Israel sobre a cidade inteira.

 Antes dos conflitos de 2023, o mais recente embate entre os dois povos ocorreu em 2021, quando famílias palestinas de Sheikh Jarrah, um bairro fora dos muros da Cidade Velha de Jerusalém, passaram a ser despejados de suas casas após tribunais israelenses darem ganho de causa a grupos de colonos judeus que também querem viver no local, muito embora tais colônias sejam consideradas ilegais pela lei internacional. 

Após palestinos sofrerem violenta repressão da polícia israelense durante o Ramadã, o Hamas emitiu um ultimato a Israel para que suas forças fossem retiradas da localidade. Como Israel decidiu permanecer, o Hamas passou a disparar foguetes contra cidades israelenses, incluindo Tel Aviv. 

Conheça a Palestina

A Palestina, reconhecida oficialmente como o "Estado da Palestina" pela ONU, é um Estado soberano de direito, independente teoricamente, mas não na prática. Seu território é formado pela Cisjordânia e Faixa de Gaza. Jerusalém é reivindicada como sua capital, mas, na prática, seu centro administrativo está atualmente localizado em Ramallah.

O Estado da Palestina é reconhecido por 138 dos 193 membros da ONU, entre eles o Brasil. Já Israel é reconhecido por 164. Desde 2012, a Palestina tem o status de Estado observador não membro das Nações Unidas.

O Brasil e a Argentina foram os primeiros países ocidentais a reconhecer o Estado palestino, que já havia sido reconhecido por cerca de 100 países da Ásia e da África.