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28 JUL O que é monkeypox? Saiba mais sobre a chamada ‘varíola do macaco’

O que é monkeypox? Saiba mais sobre a chamada ‘varíola do macaco’


Você certamente já ouviu falar da monkeypox, também chamada de ‘varíola do macaco’. Trata-se de uma zoonose causada pelo vírus monkeypox que, apesar de ser endêmica em países da África Central e Ocidental, passou a aparecer em outras regiões do mundo em maio de 2022.

Entender o que é a monkeypox e quais as formas de transmissão, conhecer os sintomas e como prevenir a doença são informações fundamentais para o autocuidado e também para quem está prestes a fazer vestibular. Afinal, zoonoses transmitidas por vírus integram conteúdos de biologia que podem ser cobrados nos principais exames!

Histórico da monkeypox

A monkeypox é da mesma família da varíola humana, porém, muito mais leve. A doença foi registrada pela primeira vez no ser humano nos anos 1970 na África ocidental e, ao longo das últimas décadas, tornou-se uma doença endêmica em alguns países daquela região.

 Em 2022, a doença foi registrada em regiões não endêmicas, como Europa, Estados Unidos e o próprio Brasil. Essa disseminação passou a chamar atenção dos órgãos de saúde e da comunidade científica mundial.

Em 21 de julho de 2022, quando foi divulgada a  atualização mais recente feita pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, a monkeypox havia sido notificada em 72 países dos cinco continentes, apenas em 2022, com um total de 15.848 casos confirmados, sendo 98,5% em países sem histórico anterior de surto da doença. 

O maior número de casos foi registrado na Espanha (3.125 casos), seguida por Estados Unidos (2.592), Alemanha (2.191), Reino Unido (2.137) e França (1.453). O fato de serem países com redes de saúde bem consolidadas pode influenciar a estatística, visto que isso facilita o diagnóstico. 

Como ocorre a transmissão da monkeypox

A monkeypox é transmitida por vírus. Portanto, a transmissão é sempre de pessoa para pessoa. No caso desta doença, a transmissão pode ocorrer por:

  • Contato direto com as lesões e secreções das lesões de pele.

  • Secreções respiratórias, desde que haja contato muito próximo, como por exemplo beijo, dormir abraçado ou em relações sexuais. 

  • Compartilhamento de itens que tenham sido tocados ou contaminados por lesões de pele, como roupas de cama ou banho.

  • Gestantes podem passar o vírus para o feto por meio da placenta.

ATENÇÃO: Embora o contato físico próximo seja um fator de risco observado na transmissão dos casos confirmados nos países não endêmicos, a transmissão sexual nunca foi descrita. 

Principais sintomas da monkeypox

Em geral, os sintomas da monkeypox são:

  • Febre

  • Dor de cabeça

  • Dor muscular

  • Dor nas costas

  • Cansaço

  • Gânglios aumentados

  • Lesões que podem aparecer em qualquer parte do corpo, inclusive dentro da boca, nos órgãos genitais e anus. 

Uma informação importante é que as lesões começam como manchas e depois crescem como bolhas cheias de líquido: as chamadas vesículas. É esse líquido que contém as partículas virais capazes de contaminar outras pessoas.

A doença dura, em média, de 2 a 4 semanas e durante esse período a pessoa contaminada pode transmiti-la, por isso a importância de respeitar o isolamento.

A monkeypox em sua forma leve - que é a mais comum - pode deixar cicatrizes nos locais das lesões na pele. Formas mais graves são raras, mas podem levar a outros problemas de saúde. 

Qual o tratamento para monkeypox?

Não há tratamento específico para a Monkeypox, como ocorre com muitas outras doenças virais. Portanto, o tratamento deve focar nos sintomas e no suporte para o corpo de recuperar mais rápido, assim como o manejo de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo.

Entre os cuidados, está a ingestão de líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e a manutenção das lesões cutâneas limpas e secas. 

Como prevenir a Monkeypox?

A principal estratégia de prevenção da Monkeypox é o diagnóstico precoce dos casos suspeitos e a adoção de medidas para redução da exposição ao vírus. Por isso, aos primeiros sinais da doença, o paciente deve ser mantido em isolamento até que todas as lesões tenham sido resolvidas e uma nova camada de pele tenha se formado.

 

Tem vacina para a Monkeypox?

Já existe uma vacina aprovada pelo FDA - que é o órgão americano semelhante à nossa Anvisa - que serve tanto para monkeypox como para a varíola humana. Chamada de Jynneos Smallpox and Monkeypox, é indicada para pessoas com mais de 18 anos que tenham risco importante de se contaminarem com o vírus. Porém, essa vacina ainda não foi liberada no Brasil.

Fontes:

https://www2.unesp.br/portal#!/noticia/36906/diagnostico-e-um-dos-desafios-para-controlar-virus-da-monkeypox/

https://www.instagram.com/p/Cgf0-oJjGIP/

https://www.ufrgs.br/telessauders/perguntas/monkeypox-o-que-e-e-quando-suspeitar/