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25 MAR Como ajudar meu filho adolescente na pandemia de Covid-19?

Como ajudar meu filho adolescente na pandemia de Covid-19?


A comunicação entre pais e filhos costuma ser um desafio para as famílias e se torna especialmente relevante com a chegada à adolescência. Em tempos de pandemia da Covid-19, os dilemas normais dessa faixa etária ganham novos contornos, como a desmotivação para os estudos, o tempo excessivo em frente às telas e o medo e a insegurança causados pelos riscos da doença provocada pelo coronavírus. Como melhorar a comunicação com os adolescentes em tempos de pandemia? Esse foi o debate promovido em live do Colégio Sigma com os psicólogos Orlando Amaro de Oliveira e Souza Junior e Vanessa Ximenes.

No bate-papo com nossa coordenadora pedagógica do Sigma, Sílvia Helena, os psicólogos reforçaram: conversem com seus filhos!! Ouçam os adolescentes com atenção, sem julgamentos, demonstrando interesse real pelo mundo deles. Esse é o caminho para manter aberto o canal do diálogo e, dessa forma, ajudá-los a passar por essa fase mais leveza. Confira alguns trechos da live:

Combinados

Os famosos “combinados” são um caminho para que o adolescente entenda que pode fazer coisas boas e prazerosas ao mesmo tempo em que aprende a seguir regras. O importante é que esse acordo não seja impositivo, e sim construído com a participação dos filhos, para que não seja unilateral e, por isso, com grandes chances de ser desrespeitado. 

Tempo de exposição às telas

O tempo gasto pelos adolescentes na internet é uma queixa recorrente entre os pais. Vanessa e Orlando ponderam que, antes de criticar, os pais precisam entender o significado de tais tecnologias na vida dos filhos. “Os adolescentes nasceram expostos à tecnologia, a relação é diferente da geração dos pais. Por isso, é preciso entender o contexto em que estão expostos às telas e o valor delas no dia a dia.” Com a pandemia e as aulas online, é razoável que eles fiquem mais tempo na internet, afinal, além das aulas, precisam de momentos de lazer e interação com os amigos. Muitas atividades socioemocionais podem ser desenvolvidas nos dispositivos, como resolução de problemas e iniciar ou manter uma conversação. Privar o adolescente dessa interação é tirá-lo do mundo em que vivemos. Outra dica é: dê o exemplo! Não adianta reclamar que os filhos passam muito tempo no celular quando os próprios pais passam mais tempo do que o necessário no dispositivo.

Não antecipe os problemas dos adolescentes

É frequente que os pais tentem antecipar e resolver os problemas dos filhos. A orientação dos psicólogos é contrária a essa postura: o ideal é deixar os adolescentes resolverem os próprios problemas para que desenvolvam autonomia. “Outra dica é não adotar uma postura de superioridade, como se o adulto tivesse todas as respostas e soluções. Na maior parte das vezes, as melhores soluções são as propostas pelos próprios adolescentes.”

Meu filho não tem motivação para estudar na pandemia

É o momento de lembrar que problemas existem, mas podem ser superados. Não dá para esperar que estudem com o mesmo desempenho de antes, é preciso fazer adaptações e alinhar expectativas para diminuir as frustrações. Cuidar da saúde física e mental é essencial, pois tendemos a aprender melhor quando nos sentimos bem. É possível manejar o ambiente para que seja mais propício à aprendizagem e, para os pais, fica a dica: ambientes com muitas críticas e exigências atrapalham. 

Aos pais

Exercitem a escuta, demonstrem interesse pelo adolescente, compartilhem responsabilidades, estejam disponíveis, mas sem buscar solução para todos os problemas dos filhos. Dessa forma, será capaz de motivá-lo não só para a escola, mas para as outras experiências de vida!